Fibras ajudam na constipação intestinal?

Uma queixa muito comum de pacientes que chegam ao consultório a fim de melhorar sua saúde é a constipação intestinal. Os principais sintomas relatados são os sangramentos, dores e os gases. Gases que, certamente podem prejudicar a interação e convício social.

A grande questão é: qual a relação da ingestão de fibras na alimentação com esse tipo de problema? Afinal, devemos consumir mais ou menos fibras? Existe um desconhecimento popular sobre as funções e funcionamento das fibras em nosso organismo. Vamos conversar sobre este tema.

O que diz a ciência

Um interessante estudo experimental foi publicado no World Journal of Gastroenterology. Este que é um importante periódico científico sobre gastroenterologia, em setembro de 2012. Nele, foram avaliadas 63 pessoas com casos de constipação intestinal, casos nos quais foram excluídas causas orgânicas de obstrução por meio de colonoscopia e outros exames.

Os pacientes foram divididos em 4 grupos: O primeiro controle, sem nenhuma ação; o segundo com ingestão de poucas fibras na dieta; o terceiro com grande ingestão de fibras na dieta; e o quarto com nenhuma ingestão. Portanto, a única variação entre eles foram as taxas de ingestão de fibras alimentares.

O resultado foi interessante. Conforme verificado, os pacientes que tinham uma dieta rica em fibras foram os que apresentaram mais sintomas relacionados à constipação, como os sangramentos e gases. Por outro lado, os pacientes com poucas fibras adicionadas à dieta tiverem uma diminuição no aparecimento desses mesmos sintomas. E os que não consumiram nenhuma fibra? Bem, esses não apresentaram nenhum sintoma!

Esse estudo abre uma conversa importante sobre a atuação das fibras na constipação intestinal.

Afinal, comer ou não fibras?

Como o estudo já mostrou, consumir uma grande quantidade de fibras nem sempre pode ser o melhor caminho para aliviar a constipação intestinal. De acordo com o dr. Paul Mason, “consumir fibras é como colocar mais carros em uma avenida que já está congestionada”. Dessa maneira você não melhora o problema, podendo, inclusive, piorar.

A ingestão delas, principalmente as insolúveis, aumenta a alimentação das bactérias que vivem no cólon, que logo irão fermentar e produzir, como material bioquímico resultante, os tão temidos gases. Principalmente o metano. Isso pode acarretar em mais dor, constipação e até mesmo, sangramento anal ao defecar.

É muito importante conversar com o seu médico sobre as melhores estratégias de consumo de fibras na sua dieta diária, para que seja evitado problemas futuros e a automedicação.

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Como nem sempre as fibras podem ser a melhor opção, nele indico alimentos que ajudam o intestino e funcionar de maneira eficiente. Podemos citar o magnésio, alguns tipos de fermentados, como o kefir, o kombucha e o chucrute.