Os 7 inimigos da sua imunidade
Algum tempo atrás, participei do congresso da Academia Internacional de Medicina Funcional, em Miami, Estados Unidos. Hoje, vou dividir com vocês um pouco do que aprendi por lá sobre sistema imunológico e doenças autoimunes.
DISRUPTORES DO SISTEMA IMUNE
De acordo com o Dr. Steven Gundry, ex-cirurgião cardíaco que passou 30 anos operando corações e realizando transplantes, existem sete vilões da imunidade.
O Dr. Gundry, aliás, é uma referência no assunto, já que decidiu utilizar a medicina funcional para que pudesse evitar que seus pacientes precisassem de transplantes cardíacos.
Desse modo, o objetivo dele é evitar que as pessoas desenvolvam doenças autoimunes e em certos casos, até mesmo reverter quadros dessas doenças.
O QUE SÃO DOENÇAS AUTOIMUNES?
Um sistema imunológico saudável é capaz de defende o corpo contra doenças e infecções, mas, se o sistema imunológico não funcionar corretamente, ele ataca erroneamente células, tecidos e órgãos saudáveis.
Chamados de doenças autoimunes, esses ataques podem afetar qualquer parte do corpo, enfraquecendo a função corporal, desse modo, pode até mesmo colocar a vida do paciente em risco.
CONHEÇA ALGUMAS DOENÇAS AUTOIMUNES
Podemos citar, entre as doenças autoimunes:
- Esclerose múltipla;
- Artrite reumatoide;
- Lúpus;
- Tireoide de Hashimoto;
- Asma;
- Doença celíaca;
- Doença de Crohn;
- Psoríase.
Ao todo, existem mais de cem tipos diferentes de doenças autoimunes conhecidas atualmente.
INIMIGOS DA IMUNIDADE
1. Antibióticos
Ao contrário do que muita gente imagina, antibióticos não estão presentes apenas nas farmácias, mas também nos nossos alimentos, principalmente nas carnes.
Embora muito se fale sobre o uso de hormônios na “engorda” dos animais para o abate, a forma mais barata para realizar esse procedimento é utilizando antibióticos.
Mas, por que isso acontece?
Simples: quando você utiliza antibióticos, você mata a maioria das bactérias boas que vivem no intestino do animal, o que faz com que ele engorde mais rápido, já que você acaba com a microbiota benéfica.
Logo, quando você fornece o antibiótico, você favorece a engorda do animal, já que sobram somente as bactérias “ruins”, que são resistentes ao mesmo.
2. Anti-inflamatórios não esteroidais
Quem já praticou ou pratica esportes provavelmente já teve tendinite, lesão articular ou alguma dor muscular. Muitos atletas costumam utilizar anti-inflamatórios com a finalidade de diminuir essas dores. A questão é que o uso desses medicamentos deve ser de no máximo duas semanas, mas não é isso que ocorre.
Por mais que pareça absurdo, é comum encontrar nos Estados Unidos o ibuprofeno, um exemplo de anti-inflamatório, em doses próprias para crianças.
Ou seja, o que antigamente era utilizado de forma pontual, por um curto período, hoje é utilizado de forma crônica e não há remédio que destrua a parede intestinal de forma tão rápida quanto os anti-inflamatórios não esteroidais.
Por isso, é cada vez mais comum vermos atletas que tiveram lesões musculares e utilizaram anti-inflamatórios, desenvolvendo doenças autoimunes.
3. Inibidores de bomba de próton
Rabeprazol, pantoprazol ou qualquer outro medicamento terminado em “prazol” é considerado um inibidor de bomba de próton. Esses medicamentos são muito utilizados por quem possui azia extrema, como nos casos de doença de refluxo gastresofágico e esôfago de Barret.
É nesse ponto que entra a bomba de próton. Quando você inibe a bomba de próton, você também diminui a azia, bem como a produção de ácido clorídrico do seu estômago.
O grande problema é que você não inibe apenas a bomba de próton no estômago, você inibe no seu corpo inteiro. Tanto que, segundo o Dr. Gundry, quando você utiliza os medicamentos terminados em “prazol”, você acaba por diminuir a atividade das mitocôndrias.
Vale lembrar que 10% do nosso corpo são mitocôndrias e elas precisam da bomba de próton!
O que isso pode ocasionar? Retardo mental e lerdeza, já que o cérebro precisa muito dessas mitocôndrias. Além disso, o coração pode ser prejudicado, desenvolvendo até mesmo insuficiência cardíaca.
4. Adoçantes
A nossa língua possui quatro tipos de paladares, sendo um deles, o doce. O doce, nesse caso, não é apenas açúcar. O adoçante, por exemplo, também desencadeia esse paladar.
O paladar doce é capaz de desenvolver respostas nas nossas células beta pancreáticas, estimulando a insulina. Acredite, não é apenas o açúcar ou algum adoçante que é capaz de fazer isso.
Refrigerantes diet e até mesmo a stevia, que é natural, podem estimular essa resposta de insulina aumentando, em longo prazo, o seu apetite.
Essa ingestão de açúcar e adoçantes também aumenta a grelina, conhecido como o “hormônio da fome”. Logo, quanto mais doce você come, mais quer comer.
5. Produtos de beleza
A quantidade de produtos químicos adicionados nos produtos de beleza é enorme. Como são ricos em xenoestrêgenos, acabam prejudicando nosso sistema imunológico e nosso sistema endócrino.
Esse tipo de produto faz uma verdadeira bagunça hormonal no nosso corpo!
O melhor a fazer, nesse caso, é optar por itens de beleza sem conservantes, parabenos ou benzenos.
6. Transgênicos e agrotóxicos
No Brasil, quase 100% da soja é transgênica. É necessário, inclusive, utilizar agrotóxicos nas plantações dessa soja, para que não haja contaminação com pestes. Aliás, nosso país é o campeão mundial no uso de agrotóxicos, infelizmente.
O interessante é que, muitos agrotóxicos utilizados no Brasil não são sequer permitidos na maioria dos países da Europa ou da Oceania. Isso porque, existem diversos estudos que associam o uso de tais substâncias ao câncer e doenças autoimunes.
O ideal é tomar o máximo de cuidado possível, evitando trazer para a sua mesa tais produtos, que não costumam ser nem um pouco saudáveis.
7. Luz azul
Esse é um ponto que atinge muitas pessoas, principalmente as que trabalham no período da noite.
Você costuma assistir televisão e utilizar o celular durante longos períodos? Então saiba que, na frequência da luz branca desses equipamentos, existem todas as cores, inclusive a azul.
A luz azul prejudica nosso sono e nosso sistema hormonal, já que o corpo acha que a luz branca é um sinal de que está de dia, desregulando o ciclo circadiano. Com isso, o corpo não produz melatonina, você não dorme direito, acorda cansado e a vontade de comer doces aumenta.
Desregulando o sono, você pode desregular seu sistema imunológico, desencadeando, consequentemente, doenças autoimunes.
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